Como combater os discursos de ódio?

Os discursos de ódio são cada vez mais frequentes presencialmente e em redes sociais, e, têm vindo a ser exponenciados principalmente em tempos de eleições políticas. Cabe-nos a nós desenvolver consciencialização sobre as consequências do mesmo. Neste sentido, seguem estas duas citações do secretário-geral da ONU:

“A Proliferação do ódio e das mentiras no espaço digital causa graves danos globais.”

“O discurso de ódio incita a violência, exacerba as tensões e impede os esforços para promover a mediação e o diálogo.” (António Guterres, secretário-geral da ONU, em 12 de junho de 2023)”

Além disto, estes discursos têm um enorme impacto na nossa saúde mental, podendo levar a tristeza, depressão, suicídio e homicídio, em qualquer faixa etária, como por exemplo no Brasil, em que no ano de 2022, de acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), foram apontados 242 homicídios e 14 suicídios a pessoas LGBTIs+.

Em Portugal, é unânime que o ódio como forma de fazer política tem vindo a crescer, quer sob a forma de ameaça, como de ataques deliberados a culturas e minorias sociais influenciado a população geral a tais discursos e atitudes. Isto, tem um impacto grave na saúde mental destas raças, etnias, orientações, identidades de género, entre outros;

Posto isto, o que podemos fazer para combater os discursos de ódio? Eis alguns exemplos:

Visite o manual para o combate do discurso de ódio online através da educação para os direitos humanos (Edição revista, 2016);
Promova a empatia individual e social;
Denuncie conteúdos que promovem a discriminação; (ONU, 2023)

Se sentir impacto direto do discurso de ódio, procure apoio legal; (ONU, 2023)
Procure informação e apoio provenientes de pessoas e fontes confiáveis; (ONU, 2023)

Coloque-se no lugar das outras pessoas; (ONU, 2023)
Não caia na provocação: evite entrar em conversas violentas, ameaçadoras ou que promovam a agressão. Não alimente as vozes do ódio nas redes (ONU, 2023
Submeta as opiniões, informações e imagens que publica a 3 filtros:

- Confiança: Vêm de uma pessoa, meio ou fonte confiável?

- Verificação: Baseiam-se em factos verificados, evidências e informações comprovadas?

- Utilidade: Qual é o propósito e quais os benefícios que traz para si e para os outros? (ONU, 2023)

Promova políticas de inclusão e não descriminação;

Menos ódio e discriminação, mais saúde mental e inclusão. Seja ativ@.

Ana Teixeira Mendes

Referências:

- Grupo Gay da Bahia (2022)

- Organização das nações unidas, (2023)

- Manual para o combate do discurso de ódio online através da educação para os direitos humanos, edição revista (2016)